Hoje a imparcialidade é o grande trunfo da maioria das mídias jornalísticas. Isso se justifica por ela ser para seus realizadores e entendida por seus receptores como um princípio ético. Para se fazer um jornal que seja imparcial é necessário também trabalhar a notícia com objetividade. Porém será que essa imparcialidade é realmente o caminho certo para um jornalismo que se prende a questões éticas e morais?
Segundo Perseu Abramo, jornalista e professor da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade Federal da Bahia (UFBA), a imparcialidade não passa de um mito. Para ele, o que é ser imparcial num mundo repleto de contradições reais como o nosso? Perseu defende que o jornalismo deve sim ser não-imparcial, e que deve tomar posição na orientação da formação de opinião e ação concreta dos leitores enquanto seres humanos e cidadãos.
Do mesmo lado, porém seguindo uma linha de raciocínio diferente, para Manuel Carlos Chaparro, (jornalista e doutor em Ciências da Comunicação e professor de Jornalismo na Escola de Comunicações e Artes, da Universidade de São Paulo), é impossível ser imparcial ante a fome, a miséria e a desigualdade social, e o bom jornalismo é aquele que é feito não com objetividade, mas com precisão, tão importante no observar e no registrar da materialidade dos fatos, quanto na escolha subjetiva de critérios e razões para as depurações narrativas.
Ainda segundo estudos de Roberto Della Santa Barros (Estudante de Jornalismo da Unesp, aluno do 1º Curso de Informação sobre Jornalismo em Situação de Conflito Armado, promovido pela Oboré Projetos Especiais e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, no Projeto Repórter do Futuro de 2002) a imparcialidade defende a objetividade dos fatos, porém apresenta isso no jornal com um tom de neutralidade, assumindo como "inevitabilidade da natureza"e "normalidade passível de aceitação", promovendo assim o conformismo da sociedade perante aquele sistema instaurado pela classe burguesa.
Essa é a visão de profissionais vividos e conhecedores da área, e que conflita com a versão que a maioria dos grandes meios de comunicação apresenta, de que a imparcialidade é essencial e carrega princípios éticos e morais.
Apesar de defender essas opiniões aqui expressas, abro aqui o espaço para o debate. Qual a sua opinião? Qual desses lados você apóia, ou qual sua visão particular que não se encaixa em nenhum desses casos? VAMOS ENCHER ESSES COMENTÁRIOS DE OPINIÃO E INFORMAÇÃO DE ALTO NÍVEL!
Por Oscar Neto
Fontes:
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos/spe260620021.htm
http://www.oxisdaquestao.com.br/integra_integra.asp?codigo=326
Segundo Perseu Abramo, jornalista e professor da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade Federal da Bahia (UFBA), a imparcialidade não passa de um mito. Para ele, o que é ser imparcial num mundo repleto de contradições reais como o nosso? Perseu defende que o jornalismo deve sim ser não-imparcial, e que deve tomar posição na orientação da formação de opinião e ação concreta dos leitores enquanto seres humanos e cidadãos.
Do mesmo lado, porém seguindo uma linha de raciocínio diferente, para Manuel Carlos Chaparro, (jornalista e doutor em Ciências da Comunicação e professor de Jornalismo na Escola de Comunicações e Artes, da Universidade de São Paulo), é impossível ser imparcial ante a fome, a miséria e a desigualdade social, e o bom jornalismo é aquele que é feito não com objetividade, mas com precisão, tão importante no observar e no registrar da materialidade dos fatos, quanto na escolha subjetiva de critérios e razões para as depurações narrativas.
Ainda segundo estudos de Roberto Della Santa Barros (Estudante de Jornalismo da Unesp, aluno do 1º Curso de Informação sobre Jornalismo em Situação de Conflito Armado, promovido pela Oboré Projetos Especiais e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, no Projeto Repórter do Futuro de 2002) a imparcialidade defende a objetividade dos fatos, porém apresenta isso no jornal com um tom de neutralidade, assumindo como "inevitabilidade da natureza"e "normalidade passível de aceitação", promovendo assim o conformismo da sociedade perante aquele sistema instaurado pela classe burguesa.
Essa é a visão de profissionais vividos e conhecedores da área, e que conflita com a versão que a maioria dos grandes meios de comunicação apresenta, de que a imparcialidade é essencial e carrega princípios éticos e morais.
Apesar de defender essas opiniões aqui expressas, abro aqui o espaço para o debate. Qual a sua opinião? Qual desses lados você apóia, ou qual sua visão particular que não se encaixa em nenhum desses casos? VAMOS ENCHER ESSES COMENTÁRIOS DE OPINIÃO E INFORMAÇÃO DE ALTO NÍVEL!
Por Oscar Neto
Fontes:
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos/spe260620021.htm
http://www.oxisdaquestao.com.br/integra_integra.asp?codigo=326